“Eu não me importo com dinheiro” — será mesmo?
Se você diz que não se importa com dinheiro, como você garante aquilo que é essencial para você — sua saúde, sua família, sua segurança?
Você já se pegou pensando ou até dizendo em voz alta: “Dinheiro não é tudo na vida. Não ligo para coisas materiais”?
Eu entendo o que você quer dizer. Mas, reflita comigo: se você diz que não se importa com dinheiro, como você garante aquilo que é essencial para você — sua saúde, sua família, sua segurança?
Talvez você acredite que não quer se prender a “coisas materiais”, que não quer ser refém de números ou planilhas. Mas, muitas vezes, o que está por trás disso é uma negação da importância prática do dinheiro na sua vida.
Talvez você se esqueça de que até mesmo as conquistas mais imateriais dependem, de alguma forma, de recursos financeiros. A saúde que você tanto valoriza, a segurança que você procura, os momentos de lazer com as pessoas que você ama — tudo isso tem um custo que alguém precisa bancar.
Por medo de encarar seu extrato bancário ou de lidar com a ideia de “ser responsável” pelas suas contas, você pode se distanciar do assunto. O resultado? Inseguranças veladas, sonhos adiados e até uma certa dependência de terceiros, mesmo que você não admita isso para si mesma.
Talvez você enxergue esse distanciamento como “nobre” ou “altruísta” — mas, na maioria das vezes, ele pode refletir um receio profundo: “E se eu não conseguir dar conta?”.
Quem está bancando seus valores pessoais?
Se você não paga por aquilo que julga essencial — saúde, tranquilidade, desenvolvimento pessoal — ou isso está sendo negligenciado ou então alguém está bancando isso para você. E depender do outro para garantir suas próprias conquistas pode, a longo prazo, enfraquecer a sua plena capacidade de realização e escolha.
Esse ponto é mais profundo do que parece. Afinal, o que você faz (ou deixa de fazer) com o seu dinheiro revela o que você acredita merecer e onde você quer chegar.
Assumir esse compromisso com aquilo em que você acredita, com seus valores pessoais, significa dar um passo firme em direção à construção do seu próprio eu — você passa a ser a pessoa que honra, de fato, aquilo que diz importar.
A solução: encarar o dinheiro como ferramenta
Escolher não pensar em dinheiro não é necessariamente desapego: pode ser uma forma de negar a sua própria responsabilidade.
Em vez de tentar ignorar o dinheiro, que tal ressignificá-lo? Veja o dinheiro como uma ponte para o que você realmente quer viver: mais tempo com sua família, mais qualidade de vida, mais segurança, mais conforto no seu lar.
Você não precisa abrir mão dos seus valores — na verdade, assumir as rédeas financeiras é uma forma de honrá-los plenamente.
O que você pensa sobre essa reflexão? Me conte, vou adorar também saber sua opinião.